sábado, 29 de maio de 2010

Esperança


Esta noite eu tive medo, medo de mim mesmo
estive fora, como mero espectador de um filme de terror,
sujo da mais pura acidez humana, a escuridão pelo menos me esconde.
Permaneci latente como um vírus parasita, a espera de um momento de fraqueza
e dai mostrei-me humano, forte e implacável, mas que não pode ser justo.
Fechei os olhos e tentei ver o que não há, senti-me tranquilo, até que lampejos de realidade
me trouxeram de volta, olhei em volta e chorei e como gotas de chuva minhas lágrimas mergulharam no nada e minhas palavras ecoaram no silêncio,
que um dia há de ser preenchido com palavras de esperança, que um dia há de ser preenchido
com atos de esperança.