domingo, 1 de agosto de 2010

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Sou carne, sou desejo
Sou corpo, sentimento perdido
Amor translúcido.
Sou vento que vai com o tempo e que com o tempo se vai.
Sou aquele que trai, sou veneno que transporta paz.
Como uma guerra que termina em silêncio.
Sou terreno sem dono, sou caminho, encruzilhada.
Tentativa de suicídio frustrada.
Sou a luz, sou a escuridão, sou conhecimento,
Sou dúvida sem esclarecimento,
estrada sem placa, explosão sem aviso,
Amor sem início, começo e recomeço,
Sem saber onde começa o fim e termina o começo.
Sou relativo, direto e intransitivo.
Sou presença que me basta, sou amor próprio
E por isso a solidão me caça.
Sou no meio da multidão apenas um, sou sozinho uma procissão.
Sou a beira do abismo, sou a luz no fim do túnel.
Posso ser sua salvação, posso ser sua perdição.
Mas meu desejo é simples, sincero,
Amor sem guerra, ódio voando pela janela.
Desejo enfim paz, para poder dormir tranquilo.