domingo, 19 de setembro de 2010

sertania


No nordeste há algo que engrandece,
uma tristeza que enobrece.
Sol escaldante, terra seca e vaca magra.
Homem que trabalha, pobreza que avassala.
Do agreste ao sertão, alegria de peão encosta,
família rí, família chora, a fome assola.
Quando a sanfona toca virgulino na sua neguinha encosta,
Lampião e sua Maria, ah que coisa bonita.
De Campina a Palmares, há de se dizer
a beleza não está só nos mares.
A beleza também está no coração, do homem que vive no sertão.